segunda-feira, 29 de agosto de 2011

VAIDADE E ORGULHO


Tomar consciência de seus atos é buscar conhecer sua essência real e sair da ilusão. É desvendar os segredos que sua alma carrega em si e que são únicos e diferentes dos de qualquer outro ser. É perder o medo de descobrir potenciais latentes, de criar habilidades para o novo e de se fazer presente. Estar consciente é reconhecermos manifestações em nosso comportamento, é nos conhecermos de verdade. Não estar lúcido é estar sem luz, é um estado em que a ilusão domina. Nascemos com o livre-arbítrio para escolhermos caminhos e, assim como podemos escolher caminhos, podemos também escolher o que pensar para gerarmos um sentimento de paz dentro de nós.  A opção nos é dada: ou entramos de cabeça no sentimentalismo ou tentamos ordenar nossas emoções para que elas sejam transformadas em sentimento. Temos a liberdade de interpretar o que nos acontece da maneira que quisermos: uns usam o discernimento, outros usam o sentimentalismo. Estes são dominados pela ilusão.

E por que a ilusão nos domina? Porque trabalhamos com a nossa imaginação, com o que "supomos" e não com o que "sentimos". Podemos pensar o que quisermos, criar, elaborar... mas sentir é o entendimento da real presença da nossa essência, do Divino em nós. Vivemos da interpretação de nossas ideias e às vezes nossa percepção capta de maneira destorcida a realidade. Acreditamos e nos desiludimos, e quando isso acontece o pensar se sobrepõe ao sentir. Carregamos uma sensação de frustração, de inexistência e de vazio interior. Nesse momento perdemos o contato com o nosso EU real. Perdemos não só a motivação, a ligação com o nosso centro, mas o mais importante: a posse de nós mesmos. E, assim, vivemos em função dos outros, apenas, e nos esquecemos de que temos potenciais divinos para contribuir com a existência da humanidade.

Em nome da vaidade e do orgulho perdemos, além da alegria e naturalidade que nos levam ao aprendizado, o "sentir", a amorosidade, o encantamento com as formas simples, o contato com a natureza em nós, com o nosso coração. No coração está o sentido da vida, é nele que reside o plano Divino para nossa existência. E só com pureza de sentimento teremos acesso a ele. Essa pureza se caracteriza por entrarmos num espaço interior chamado humildade, que é onde praticamos a Presença Divina em nós.
É pela modéstia que entramos em nosso interior nos reconhecendo como realmente somos e nos aceitando com nossas capacidades e riquezas. Assim nos libertamos do medo de apenas sermos e atuarmos no presente. É nesse espaço interno que podemos dominar as emoções sem nos deixar dominar por elas. É aí que reside um estímulo à consciência, um poder criativo e lúcido, para que estejamos coerentes com a nossa própria verdade e com a evolução presente. Afinal, para que serve a nossa essência se ela não se faz presente? Se temos uma, se somos dotados de uma consciência, se realmente somos indivíduos únicos, então por que não a expressamos? Você consegue entender a razão de se ter uma essência, uma consciência, se ela não pode expressar um aspecto do espírito único?
Um desses aspectos é a intuição, mas só a captamos se formos humildes na nossa essência. A intuição só se torna clara quando a nossa ligação com a verdadeira voz interior é real. A humildade de escutarmos e acreditarmos no que sentimos no nosso mais profundo ser nos faz reconhecer a verdade de nós mesmos, fazendo-nos seres melhores, pois a própria vida espera a nossa própria atuação, a expressão única de cada um. Enriquecemos o Universo com a nossa participação e a manifestação da nossa essência divina, tornando-nos o próprio Poder Criador.
Dominando nossas emoções, firmando nossas atitudes e deixando coração e mente trabalharem em sintonia, a vida se torna uma experiência rica, em que cada um realiza seu papel aprendendo e buscando significados próprios, sem medos. Portanto, conheça, experiencie, aprenda e ame a vida, porque você faz parte dela e com certeza fará diferença!